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O custo da ideologia econômica

Paulo César de Oliveira
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A Moody’s rebaixou a perspectiva de crédito do Brasil de “positiva” para “estável”, mantendo o rating em Ba1 — um passo abaixo do grau de investimento. O recuo reflete a piora da dívida pública, que deve alcançar 88% do PIB em cinco anos, pressionada por juros elevados e inflação persistente. Em vez de conter gastos, o governo optou por empurrar a conta com promessas e narrativas. O déficit nominal acumulado já ultrapassa R$ 934 bilhões, e as estatais registram o maior rombo da história. A agência aponta rigidez orçamentária, aumento nos custos da dívida e falta de credibilidade fiscal como fatores centrais. A proporção de gastos obrigatórios sufoca a margem para ajustes. O rebaixamento da perspectiva de crédito do Brasil pela Moody’s não é uma tragédia, é apenas a constatação de um óbvio. O país perdeu o controle fiscal, não por ignorância, mas por método: gasta-se com prazer, tributa-se com culpa e, quando a conta chega, culpa-se o mercado ou o imperialismo financeiro.

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