O enfraquecimento da arrecadação tem uma causa nítida: a mão firme do Banco Central sobre a Selic. A taxa, fixada em 15% ao ano, nível que não se via desde 2006, funciona como freio deliberado sobre a economia, numa tentativa de conter uma inflação que já ultrapassa a meta há 13 meses. Embora desacelerando, o índice ainda marca 4,68% em 12 meses, acima do limite tolerado. Nesse cenário, a arrecadação revela o pulso do país: quando cresce, indica vida econômica; quando perde ritmo, expõe o efeito das engrenagens apertadas. Como observa Claudemir Malaquias (foto/reprodução internet), da Receita Federal, a tributação reage à atividade real e esta, sob juros tão altos, só pode avançar com passos contidos.












