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O mercado já trabalha com déficit maior do que a meta estipulada

Paulo César de Oliveira
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Instituições financeiras consultadas pelo Ministério da Fazenda aumentaram a previsão do déficit primário do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central), neste ano, de R$ 145,268 bilhões para R$ 154,841 bilhões. O déficit primário é o resultado das despesas maiores que as receitas, sem considerar os gastos com juros. A projeção consta na pesquisa Prisma Fiscal elaborada pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, com base em informações de instituições financeiras do mercado. Para 2018, a estimativa de déficit passou de R$ 129 bilhões para R$ 130,527 bilhões. A projeção da arrecadação das receitas federais permanece este ano em R$ 1,340 trilhão. A estimativa para a receita total ficou em R$ 1,293 trilhão, contra R$ 1,286 trilhão previsto no mês passado. A pesquisa apresenta também a projeção para a dívida bruta do governo geral, que na avaliação das instituições financeiras, subiu de 75,6% para 75,9% do Produto Interno Bruto (PI B) . Para 2018, a estimativa foi ajustada 78,67% para 79,06% do PIB.

 

Senado também prevê déficit mais elevado

Ontem, a instituição Fiscal Independente (IFI), órgão do Senado Federal, também divulgou projeção para o déficit primário. No Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de agosto, a projeção de déficit primário do governo central é R$ 156,2 bilhões, contra R$ 144,1 bilhões previstos no mês passado. Para 2018, a projeção da IFI passou de R$ 166,2 bilhões para R$ 153,3 bilhões. Para isso, o governo terá que fazer um contingenciamento de R$ 30 bilhões em despesas discricionárias (não obrigatórias). As estimativas estão acima da meta de R$ 139 bilhões para 2017 e de R$ 129 bilhões para 2018.

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