O salto do Ibovespa acima dos 150 mil pontos revela mais que uma tendência de mercado: mostra um país tentando acreditar em si mesmo, apesar da ausência de comando do ministro Fernando Haddad (foto/reprodução internet), no destino da economia. Com juros estagnados e inflação domada, o investidor redescobre a esperança como estratégia. Bancos projetam novas máximas, como se o futuro pudesse ser precificado. Mas por trás do entusiasmo há um traço recorrente da alma brasileira: a fé no ciclo, não na estrutura. A Bolsa sobe menos por confiança no Estado e mais por cansaço do pessimismo. É a economia como religião laica, onde o otimismo é prece, e cada ponto a mais no índice, uma promessa de redenção nacional.











