A alta dos juros e do dólar reflete, em grande parte, o impacto do risco de crédito na economia. Esse risco, que avalia a possibilidade de inadimplência de emissores de títulos financeiros, como empresas ou governos, é essencial para determinar o retorno esperado pelos investidores. Quanto maior a percepção de risco, mais altas são as taxas de juros exigidas para compensar a incerteza, afetando diretamente os mercados de dívida e os ativos financeiros.
O cenário atual de incerteza fiscal no Brasil tem ampliado essa percepção de risco. O pacote fiscal do governo, considerado insuficiente por especialistas, não dissipou as preocupações do mercado, que segue em alerta diante de medidas desidratadas e da ausência de um plano mais sólido. O governo já sinalizou novas propostas para o início do próximo ano, possivelmente acompanhadas de uma reforma ministerial, mas, até lá, o ambiente fiscal instável mantém a volatilidade e abala a confiança econômica. (foto/reprodução internet)