Parte do mercado financeiro acredita que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (foto/reprodução internet), tem respondido aos ataques de Lula de forma silenciosa. Essa resposta vem ao não intervir no câmbio. Ontem, o dólar fechou em R$ 5,65 e chegou ao seu maior nível em mais de dois anos e meio. O entendimento de economistas é de que o dólar alto tende a pressionar a inflação no Brasil: produtos importados ficam mais caros, e isso normalmente é repassado aos consumidores. Roberto Campos Neto, tem dito que não vê motivos, neste momento, para que a autoridade monetária atue para tentar conter a alta do dólar, e evitar o chamado “contágio inflacionário” que a disparada da moeda norte-americana pode causar.
Balanço semestral
O dólar comercial fechou o primeiro semestre com ganho de 15,17%. Em junho, a valorização foi de 6,46% e na sexta-feira, de 1,46%, para R$ 5,5884. O desempenho resulta da combinação de apreciação do dólar em relação a moedas emergentes, com a saída de capitais do Brasil, diante de preocupações com a questão fiscal e com inflação e juros. De janeiro a junho, o Ibovespa acumula queda de 7,66%, apesar do avanço de 1,48% no mês passado.
