A pandemia foi especialmente difícil para os Shoppings, segundo o vice-presidente institucional do Grupo Multiplan, Vander Giordano (foto). Ele disse que os empresários do setor não imaginavam que ficariam fechados por sete meses. Foram paralisadas todas as atividades do Shopping. Do ponto de vista da economia, ele reclama que faltou um atendimento ao lojista, ao empreendedor, não só em relação aos shoppings, como nas lojas de rua. Para ele, a vacina vai ajudar na retomada da economia. Há alguns movimentos, como na poupança, que indicam que há um comércio represado. Mas como esse é um setor cercado de desafios, hoje os empresários já têm que lidar com a reforma tributária. Mal os empresários saíram da pandemia, Vander Giordano disse que eles estão lidando com um pacote que pode ser danoso para o setor. Ele disse que o ministério da Economia tem feito um bom trabalho junto à Câmara dos Deputados e isso trouxe um ânimo maior. A reforma deve ser apoiada, com alguns ajustes. “Nós saímos de uma situação e entramos em outra”, segundo Giordano. Ele acredita na retomada e lembra que comércio e serviço são responsáveis por 80% dos empregos no país. Os shoppings funcionam como um hub social e devem continuar sendo vistos dessa forma. O ser humano gosta de viver em grupo, segundo Giordano.” Dizem que todo mundo gosta de se vestir bem, mas acho que as pessoas se vestem bem para as outras olharem. A perspectiva é positiva do ponto de vista econômico para investimentos e geração de empregos no Brasil e ao que tudo indica, teremos um ótimo final de ano. Ele disse que será inaugurado mais um Shopping no Rio de Janeiro, com geração e quatro mil empregos, somando aos outros 28 shoppings do Grupo Multiplan.
Cidade sofreu com a pandemia
Belo Horizonte sofreu muito com a pandemia especialmente com a falta de diálogo com o poder público. A reclamação é do presidente da CDL-BH, Marcelo de Souza e Silva, durante o Conexão 20/221. Os critérios usados, no seu entendimento, não foram só para salvar vidas. Deveria ter sido pensado em ajudar a manter empregos e empresas. Alguns setores só voltam agora, em um formato muito difícil. “As cidades no entrono de Belo Horizonte estão funcionando e em Belo Horizonte não. Esse impacto do tempo em que o comércio ficou fechado significa o fechamento de lojas e de empregos”. Ele disse que tem sido observado que nas datas comemorativas houve uma boa movimentação. Pesquisa recente do Sebrae Minas mostra que o índice de confiança dos pequenos comerciantes aumentou, “mas precisamos de toda a engrenagem funcionando, como as escolas, o retorno dos eventos. Não adianta só aumentar o faturamento, é preciso crescimento e empregabilidade”. Em Belo Horizonte os empresários estão aguardando uma decisão da prefeitura para saber como serão os procedimentos. É preciso movimentar a cidade, segundo Marcelo de Souza e Silva. Durante a pandemia, muitos lojistas migraram para o e-commerce e o entendimento é o que esse é um movimento que veio para ficar e os que não se adequarem correm o risco de fechar as portas. É preciso estar atento a esses movimentos, segundo Marcelo de Souza e Silva, que acrescentou que o CDL tem prestado assessoria para os pequenos comerciantes.