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Ouro como reserva de valor em tempos de incerteza

Paulo César de Oliveira
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Ouro como reserva de valor

O cenário econômico global está testemunhando um renascimento do ouro, que anteriormente parecia ter perdido sua relevância. Desde que o presidente Richard Nixon abandonou o padrão ouro em 1971, os bancos centrais concentraram suas reservas em dólares, levando a uma desvalorização do metal amarelo nas décadas seguintes. Contudo, desde o final de 2023, o preço do ouro disparou, aumentando em um terço e alcançando quase US$ 2.750 por onça troy. Essa valorização reflete uma conjunção de fatores como conflitos geopolíticos, inflação crescente e políticas fiscais severas.

Além de investidores individuais, os bancos centrais emergiram como compradores avidamente, adquirindo centenas de toneladas de ouro nos últimos dois anos. Atualmente, o metal representa 11% das reservas globais desses bancos, um aumento significativo em relação aos 6% de 2008. Essa mudança indica uma crescente desconfiança em relação à dependência do dólar, sugerindo que instituições financeiras buscam se proteger contra um clima de insegurança econômica e possíveis turbulências em um mundo cada vez mais volátil. O ouro, assim, ressurge como um ativo valioso em tempos de incerteza. (foto/reprodução internet)

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