A Odebrecht finalizou seu pedido de recuperação judicial, considerado o “maior calote” já passado no país. A empresa começou a enfrentar dificuldades desde que ficou no olho do furacão da Lava-Jato, que desvendou um esquema de corrupção em que executivos da Odebrecht pagavam propinas a políticos e funcionários públicos para obter obras. Além da holding, a recuperação judicial deve envolver cerca de 15 empresas do grupo. Entretanto, as companhias operacionais do grupo – OEC (construção civil), OR (incorporação imobiliária), Enseada (estaleiro), Ocyan (petróleo) e Braskem (petroquímica) – não serão incluídas na recuperação judicial. A lista de credores ainda estaria sendo definida, mas entre eles estariam, como os maiores credores, os bancos públicos, com destaque para o BNDES. Logo depois estão Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Há também um grupo de credores detentores de bônus no exterior. A previsão é que a recuperação deve atingir R$ 90 bilhões.