O Brasil registrou, em 2023, os menores índices de pobreza e extrema pobreza desde o início da série histórica da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, realizada pelo IBGE, iniciada em 2012. Dados divulgados nesta quarta-feira apontam que o índice de brasileiros que vive na pobreza recuou de 31,6% em 2022 para 27,4% em 2023, o que significa que 8,7 milhões de pessoas deixaram a ser pobres. Já a taxa de extrema pobreza caiu de 5,9% em para 4,4% em 2023, o equivalente a 3,1 milhões de pessoas.
O avanço é atribuído à recuperação do mercado de trabalho e à ampliação de benefícios sociais, como o Bolsa Família, reeditado pelo governo Lula a partir de 2023. Sem programas sociais, a extrema pobreza teria atingido 11,2% da população, evidenciando a importância das políticas de transferência de renda. Ainda assim, a pesquisa demonstra que 58,9 milhões de brasileiros vivem na pobreza e 9,5 milhões na extrema pobreza. O Nordeste continua sendo a região com maiores índices de pobreza (47,2%) e extrema pobreza (9,1%). Mulheres, negros e jovens seguem como os grupos mais afetados.
