Após a conversa a portas fechadas com o presidente Lula, em Contagem, o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe (foto/reprodução internet), aguarda uma resposta para as propostas apresentadas por ele. Roscoe pediu medidas mais duras contra práticas desleais de comércio internacional que, segundo ele, têm prejudicado a indústria nacional. Essa também é uma preocupação da prefeita Marília Campos, que segundo o empresário, “está muito preocupada em função das indústrias, lá em Contagem mesmo, que estão sofrendo com a invasão dos produtos importados, que é uma derivada da guerra tarifária”. Ele disse ao presidente Lula que empresas estrangeiras, sobretudo chinesas, vêm adotando a prática conhecida como ‘dumping’, quando produtos são vendidos abaixo do custo de produção com o objetivo de eliminar a concorrência local.
Com o retorno do presidente Lula em Belo Horizonte, nesta quinta-feira, Roscoe espera ter algum sinal do governo em relação a questão.
Encontro com empresários nos EUA
Flávio Roscoe embarcou, nesta segunda-feira, para Washington D.C. para encontros com empresários norte-americanos que dependem de insumos e produtos fabricados em Minas, como ferro-gusa, metais mecânicos, máquinas e equipamentos. A estratégia é sensibilizar a iniciativa privada dos EUA para que pressione o governo de Donald Trump a ampliar exceções ou até rever parte do tarifaço. Roscoe defende que o caminho para preservar empresas e empregos no Brasil não está em respostas de confronto, mas na construção de pontes com clientes e parceiros estratégicos. Além de agendas próprias ligadas a Minas, o dirigente integra a missão empresarial coordenada pela CNI nos dias 3 e 4 de setembro.