Prefeitos de municípios mineradores temem perder recursos importantes para manutenção da prestação de serviços nas áreas de saúde, educação e de outras áreas, após a decisão da Vale de suspender as atividades no estado para implantar um sistema mais seguro de captação dos rejeitos. O presidente da Associação Mineira dos Municípios Mineradores (Amig), prefeito de Nova Lima, Vítor Penido (foto), acredita que sem esses recursos será muito difícil manter a qualidade dos serviços. Ontem, ele reuniu prefeitos das cidades mineradoras para discutir o que eles podem fazer para contornar esse problema.
Governo perde R$ 220 milhões com suspensão dos trabalhos da Vale
Pelas contas de técnicos do Estado, a suspensão das atividades da Vale vai representar a diminuição de cerca de 30% da arrecadação de tributos estaduais no setor de mineração. A estimativa da Secretaria de Estado de Fazenda é que o impacto anual seja de, aproximadamente, R$ 220 milhões. Já em relação à Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) – que é administrada pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) –, a redução anual será de cerca de R$ 79 milhões. Esse cálculo não leva em consideração os efeitos indiretos na cadeia produtiva do setor. A Vale decidiu fechar todas as barragens de rejeitos de mineração construídas nos mesmos moldes da que rompeu em Brumadinho.