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Preparem o bolso. Serão pelo menos dois anos de arrocho

Paulo César de Oliveira
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O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa (foto), acredita que uma “demanda reprimida” por serviços de infraestrutura vai ajudar a retomada do nível de investimentos no país já no final deste ano e, “sobretudo, a partir do ano que vem”. A declaração foi feita ontem, em evento sobre o ajuste fiscal realizado na Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo. O ministro defendeu o ajuste fiscal do governo afirmando que ele precisa ser mais veloz no Brasil que em outros países – inclusive em relação aos vizinhos da América Latina – devido à alta taxa de juros, que, para ele, é como um “remédio necessário para trazer a inflação ao centro da meta”. “No Brasil, a taxa de juros paga na dívida pública do governo é muito alta em termos reais, por isso precisamos de um esforço fiscal mais rápido”, explicou o ministro Nelson Barbosa disse acreditar que a redução dos aportes aos bancos públicos ajuda a reduzir “implicitamente” essa taxa no Brasil, uma das principais condições para aumentar a produtividade no país, segundo o ministro. Segundo ele, o aperto vai durar pelo menos até 2017, mas o governo trabalha com expectativa de recuperação até o fim do próximo ano.

 

Investimentos deverão voltar

A taxa de investimentos no país completou sete trimestres de quedar e mantém o nível mais baixo entre os Brics – grupo de gigantes emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que ostenta uma taxa em torno de 30%. “Há uma demanda muito grande por serviços de infraestrutura no país, e essa demanda vai garantir o potencial desses investimentos. Por isso, mesmo com o nível de atividade 9econômica) previsto para o próximo ano, a existência dessa demanda com os preços corretos garante esse crescimento”, disse. Barbosa afirmou que o pacote de concessões em infraestrutura que deve ser anunciado pelo governo no dia 9 de junho, está “100% definido” e que há vários interessados em participar das negociações, que devem incluir de 12 a 14 trechos de rodovias federais. “Acho que o setor de construção civil tem toda a capacidade de atender a esses investimentos”, disse. Para o ministro, o realinhamento de preços antes regulados, como energia e combustíveis, também vai ajudar a recuperar a capacidade perdida dos investimentos.

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