Vista com desconfiança pelo mercado financeiro desde que assumiu a presidência da Petrobras, Magda Chambriard (foto/reprodução internet) tem suas ações analisadas detalhadamente. Embora o seu início no comando da empresa não tenha sido tão ruim quanto poderia ser, ainda está longe do ideal. Muitos dos pontos abordados parecem tirados de um passado distante, como a defesa enfática do presidente Lula e a tentativa de ressuscitar a indústria naval, uma iniciativa que já fracassou anteriormente. Um tópico que deve chamar atenção é o impasse envolvendo a Unigel, uma fábrica de fertilizantes que tenta fechar um contrato com a Petrobras, já classificado pelo TCU como prejudicial às finanças da empresa. O setor de fertilizantes é de grande interesse para a ala política do governo, que deseja ver a Petrobras reativar outras fábricas desativadas durante os governos Temer e Bolsonaro. É uma péssima ideia. Estamos retrocedendo nisso e é um risco imenso.
Margem equatorial
Já a defesa da exploração da Margem Equatorial foi uma boa surpresa, pois é crucial repor reservas. A exploração dessa região, no Nordeste e Norte, bem como da Bacia de Pelotas, no Sul, é essencial para compensar o declínio da produção do pré-sal a partir de 2030. Sobre a questão dos dividendos e da política de preços, a presidente foi vaselina, com respostas ambíguas sobre seguir a lógica empresarial.
