O Banco do Brasil perde 60% do lucro e culpa as perdas aos advogados. A presidente do BB, Tarciana Medeiros (foto/reprodução internet), ameaça processar escritórios que orientam produtores a pedir recuperação judicial. A OAB reagiu, indignada, lembrando que advogado não é padre de cartório, mas defensor de quem paga honorários. O episódio soa como piada pronta: o cofre irritado com a chave que abre a porta. Ora, se o banco errou na concessão de crédito e o agronegócio afundou, o problema não é do advogado, mas da má gestão. Transferir responsabilidade é fácil, mas encarar o prejuízo, nem tanto. No Estado de Direito, querer punir advogado por isso é como culpar o termômetro pela febre.
Crescimento da carteira de clientes
A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, apresentou por meio de vídeo, em suas redes sociais, os resultados alcançados pelo BB no primeiro semestre deste ano, que, segundo ela, tem sido de ajustes estruturais. Tarciana ressaltou a inadimplência do agronegócio, acima dos índices históricos e do projetado pela própria instituição financeira para 2025, mas contrabalançou com o crescimento do mix da carteira de investimentos e da receita em serviços de forma sustentável, segundo ela. Tarciana destacou os 22 milhões de clientes que devem chegar aos 24 milhões até o fim do ano. Ela abordou investimentos em soluções de omnicanalidade (integração de canais físicos e digitais), para catalisar a regularização de operações e capturar oportunidades de negócios. “São R$ 6 bilhões de crédito ao trabalhador, com mais de 600 mil pessoas beneficiadas”, explicou a presidente.
Um dos desafios apontados foi o controle da qualidade do crédito, em especial no agro, micro e pequenas empresas, conjugado, também, à necessidade de controlar a inadimplência do portfólio. “Estamos trabalhando forte, vamos entregar resultados sustentáveis, cada vez mais robustos, do tamanho do Banco do Brasil.”
