O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn (foto), afirmou nessa sexta-feira, em Boston, nos Estados Unidos, que vê uma recuperação consistente da economia brasileira, com o IPCA convergindo para as metas de inflação. Para uma plateia de investidores, em almoço organizado pelo Itaú BBA, ele ponderou, no entanto, que “há riscos”. “O panorama global é benigno, mas este cenário não vai durar para sempre”, afirmou Goldfajn, conforme apresentação publicada no site do Banco Central. Ele destacou ainda os “progressos significativos” do governo no âmbito de ajustes e reformas econômicas, com várias medidas estruturais já aprovadas e outras em progresso. “O Brasil deve continuar neste caminho, para sustentar uma inflação baixa, uma taxa de juros estrutural baixa e a recuperação econômica”, disse. Ao abordar a política monetária, Goldfajn afirmou que é preciso equilibrar duas dimensões: a convergência de inflação para metas em ritmo adequado e assegurar o ambiente de baixa inflação, mesmo em caso de choques adversos. “O Copom vê um corte adicional moderado de juros como apropriado”, disse Goldfajn, ao tratar do próximo encontro do Comitê de Política Monetária, marcado para maio. De acordo com Goldfajn, após a próxima reunião, o Copom considera ser apropriado interromper o processo de flexibilização monetária, para avaliar os próximos passos. Estas ideias já faziam parte dos comunicados mais recentes do próprio BC.