A prévia da inflação oficial brasileira acelerou menos do que o esperado em janeiro por conta da queda nos preços da energia elétrica, mas voltou à meta e ainda mantém o caminho aberto para o Banco Central continuar reduzindo os juros básicos. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) avançou 0,39% em janeiro, contra 0,35% no último mês do ano passado, informou nessa terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado em 12 meses, o IPCA-15 acelerou a 3,02%, sobre 2,94% em dezembro, voltando por pouco a superar o piso da meta após fechar 2017 abaixo do objetivo. É a primeira vez desde junho do ano passado que o IPCA-15 fica dentro da faixa de tolerância da meta do governo –de 4,5% pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ambos os resultados ficaram abaixo das expectativas. Segundo o IBGE, Habitação foi o único grupo a registrar deflação em janeiro, de 0,41%, depois da alta de 0,43% em dezembro. O resultado se deveu ao retorno da bandeira tarifária verde no mês –que não implica em custo adicional nas tarifas aos consumidores– e deixou as contas de energia elétrica 3,97% mais baratas. Por outro lado, a principal pressão de alta em janeiro para o resultado do IPCA-15 partiu do grupo Alimentação, com avanço de 0,76% após deflação de 0,02% em dezembro, movimento de retomada da inflação já esperado e que confirma o fim da persistente queda dos preços por sete meses seguidos.