Enquanto muitos apostam em um desempenho ruim, a unidade brasileira do banco de investimento Credit Suisse espera que a economia do país cresça este ano e estimule rápido aumento no número de ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês), disse José Olympio Pereira (foto), diretor-executivo da unidade. A economia brasileira deverá crescer a um ritmo de 2% na comparação anual no último trimestre de 2017, enquanto o número de IPOs este ano deverá voltar ao patamar de 2013, com cerca de 10 ofertas, disse Pereira. Para o ano inteiro, o executivo vê a economia crescer até 0,5%. O Brasil tem visto uma seca em IPOs nos últimos dois anos em meio à recessão mais profunda desde que o país começou a manter os registros. Em 2016, apenas uma empresa de medicina diagnóstica, a Alliar, passou por planos de captação de capital por meio de oferta primária de ações na Bolsa de Valores brasileira. A venda, que ocorreu em outubro, quebrou um período de seca que durava desde junho de 2015. Parece até conversa de banco, querendo liderar consórcios de IPOs. Atualmente, há pelo menos três empresas no processo de planejamento de uma oferta primária de ações, incluindo duas empresas de aluguel de carros e uma de exames médicos, de acordo com porta-voz da Bovespa.