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Produção mineral em Minas cresceu 11% em 2019 segundo IBRAM

Paulo César de Oliveira
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O Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) apresentou resultados diferentes do IBGE em relação a indústria extrativa que, segundo o órgão oficial, apresentou queda de 9,7% em 2019. Segundo o IBRAM, a produção mineral, excluindo os segmentos óleo e gás, cresceu 11% em 2019 (em dólar). A metodologia do IBRAM, conhecida como Produção Mineral Brasileira (PMB), leva em conta uma média do volume de produção dos bens minerais produzidos no Brasil, preços praticados no mercado nacional e internacional, e, também, o comércio exterior do setor de mineração. A PMB do IBRAM desconsidera os setores de óleo e gás. O crescimento de 11% em dólar em 2019, reflete o resultado de US$ 38 bilhões em 2019 ante US$ 34 bilhões em 2018. Houve um aumento de preço médio do minério de ferro, leve recuperação do setor de agregados da construção, significativo aumento do volume de produção do manganês e variação cambial que favoreceu exportações. O preço médio do minério do ferro em 2018 foi de US$ 69/tonelada, e em 2019, foi de US$ 93/tonelada. O minério de ferro corresponde a 65% da PMB.

 

Efeito Brumadinho

O efeito do rompimento de barragem em Brumadinho (MG) provocou redução na produção de minério de ferro em Minas Gerais da ordem de 50 milhões de toneladas. Em 2018 foram produzidas 450 milhões de toneladas no Brasil e em 2019 cerca de 400 milhões de toneladas estimadas. Mesmo com redução na quantidade, o preço do minério de ferro no mercado internacional aumentou, tanto pela redução da oferta do produto disponível ao mercado quanto por questões cambiais (valorização do dólar), além da natural demanda do mercado siderúrgico na China pelo minério de ferro brasileiro. 

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