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Produtor precisa agregar valor ao produto

Paulo César de Oliveira
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A relação do agronegócio com o Sebrae não foi de imediato, segundo o presidente da FAEMG, Roberto Simões (foto), ao falar na Live do Conexão Empresarial com o presidente do Sebrae, Carlos Melles, de como essa relação foi se consolidando a partir da realidade do setor em Minas Gerais. O estado, com 853 municípios, também tem suas nuances e foi a partir dessas diferenças, inclusive nos negócios, muitas vezes feito por pessoa física, é que essa relação foi se construindo. Roberto Simões ressalta, no entanto, que o Sebrae pode ajudar muito o agronegócio, mas enfatiza que “nós temos que parar de ficar só de dentro da porteira. Precisamos pular a porteira porque nossos problemas maiores estão de fora da porteira, como o de ter um bom produto, de tamanho adequado, pesquisa de novos hábitos do consumidor, rastreamento do produto e o Sebrae tem fortíssimo conhecimento e é um desafio, que acredito que o Sebrae pode nos ajudar mais. Ensinar o nosso produtor a vender. É preciso agregar valor ao produto”. Simões lembra que o agronegócio tinha uma certa diferença em relação ao Sebrae, que na sua constituição, foi mais voltado ao comércio. Quando os técnicos da entidade iam trabalhar no interior, constatavam que a maioria dos negócios era ligada ao agronegócio e foi a partir daí que essa parceria começou a ser estabelecida e o agronegócio foi incluído entre as atividades atendidas pelo Sebrae. Das 600 mil propriedades rurais no estado, 60% são menores do que cinco hectares “e esse pessoal nunca teve vocação de criar empresas já que a maioria, é formada por pessoas físicas”, explica Simões. Hoje, segundo ele, há uma parceria fantástica com o Sebrae em todos os segmentos. Esse foi um dos setores menos afetados pela pandemia, apesar de alguns segmentos terem sentido fortemente. O alto custo de produção também tem sido um problema para o pequeno produtor, que teve um reajuste alto e em curto período de tempo. Os problemas surgiram durante a pandemia, em especial com a queda do poder de compra, principalmente da população menos favorecida. O Sebrae, segundo ele, ajudou muitas empresas. Alguns programas ajudaram a desenvolver as empresas, como o de reprodução genética dos rebanhos. Mas o problema, na maior parte das vezes, está na gestão das empresas e é onde o Sebrae entra fortemente, além dos programas de certificação, que ajudam na melhora do processo de produção, até chegar à embalagem que será levada ao consumidor. Roberto Simões acredita que esse descompasso nos preços será resolvido e a economia voltará ao seu eixo. Durante a live, Carlos Melles falou que sempre teve um diálogo bom com representantes do setor, mas ressaltou a importância de alguns programas lançados por Roberto Simões, que têm revolucionado o setor, como o caso do programa Balde Cheio, e a melhoria na produção do queijo mineiro, que vem ganhando prêmios e mais prêmios internacionais. Carlos Melles ressaltou o trabalho que o Sebrae tem desenvolvido com as bananas no Jaíba e com outros produtos, desenvolvidos no estado. (Foto reprodução internet)

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