Rebaixamento de nota do Brasil para investimento não surpreende o governo

Não foi surpresa para o ministro da Fazenda, Joaquim Levy (foto), o rebaixamento, ontem (11), da nota do Brasil para Baa3, no limite do grau de investimento, com perspectiva mudando de negativa para estável, pela agência de classificação de riso Moody’s. A nota foi motivada pela performance mais fraca do que o esperado da economia, aliada a tendência de gastos elevados do governo e a falta de consenso político sobre as reformas fiscais. Ou seja, a crise política e econômica está tornando o Brasil menos atrativo para os investidores estrangeiros. Mas o ministro Joaquim Levy considera que a agencia agiu de forma transparente e ainda indica caminhos para o país melhorar a administração da dívida pública. Para ele “foi uma declaração detalhada, transparente e trata da indicação das prioridades que a gente deve ter em relação a manter a qualidade da dívida pública”. No mercado financeiro, a nota funciona como uma espécie de certificado e segurança para os países considerados com baixo risco de calotes a investidores. Apesar do rebaixamento, o Brasil é considerado um bom pagador. A mudança de perspectiva de negativa para estável também traz um certo alívio ao mercado, segundo analistas financeiros.