O déficit em transações correntes do Brasil caiu 60,1 por cento em 2016, a 23,507 bilhões de dólares, melhor resultado em nove anos, num forte ajuste nas contas externas, fundamentalmente guiado pela recessão econômica. Com a atividade na lona, as importações caíram bem mais que as exportações, resultando no superávit comercial de 45,037 bilhões de dólares no ano, contra 17,670 bilhões de dólares em 2015. O movimento foi o que mais contribuiu para a diminuição do rombo na conta corrente, segundo dados divulgados pelo Banco Central nessa terça-feira. Também reagindo ao cenário econômico, as despesas líquidas em viagens internacionais caíram 26,4 por cento em 2016, a 8,473 bilhões de dólares. Por sua vez, as remessas de lucros e dividendos para o exterior recuaram 6,7 por cento sobre o ano anterior, a 19,408 bilhões de dólares.