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Recessão nos emergentes derruba economia mundial

Paulo César de Oliveira
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A Fitch reduziu levemente sua projeção de crescimento global para este ano, de 2,4% para 2,3%, o que seria a menor taxa de expansão desde a crise financeira global, devido à recessão no Brasil e na Rússia e à desaceleração estrutural na China e vários outros mercados emergentes. Em seu relatório Perspectiva Econômica Global, a agência de classificação de risco prevê que o ritmo de crescimento mundial aumentará para 2,7% em 2016 e 2017, graças à recuperação moderada dos países emergentes. Em junho, porém, a Fitch projetava expansão um maior tanto no próximo ano (2,9%) quanto em 2017 (2,8%).

 

No Brasil crescimento só em 2017

Em relação ao Brasil, a Fitch prevê contração de 3% neste ano e que a recuperação só virá em 2017, com crescimento de 1,2%. Para a Rússia, a agência projeta retração de 4% em 2015 e expansão de 0,5% no ano que vem. Quanto à China, a projeção da Fitch é que o crescimento do gigante asiático irá se desacelerar de 6,8% em 2015 para 6,3% no próximo ano e 5,5% em 2017. Já a Índia deverá ser o país dos Brics – grupo que também reúne Brasil, Rússia, China e África do Sul – a mostrar o maior nível de crescimento este ano, de 7,5%, antes de expandir 8% em 2016, de acordo com a Fitch. Por outro lado, a Fitch calcula que a expansão econômica nas grandes economias avançadas se fortalecerá para 2% em 2016, o que representaria o melhor resultado desde 2011. No documento, a Fitch também prevê que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) começará a elevar os juros básicos antes do fim do ano, embora tenha decidido mantê-los inalterados na reunião de política monetária deste mês. O movimento de alta nos juros do Fed deverá ser seguido pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), segundo a Fitch.

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