A economia brasileira, que vive um cenário de inflação, juros altos, inadimplência e dificuldades de crédito, apontam para um cenário ainda mais cinzento com a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos. Para o economista José Mendonça de Barros(foto/reprodução internet), ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, o preço das commodities será afetado a curto prazo e com o resultado da eleição, a primeira reação dos mercados lá fora foi o de elevar a taxa de juros, o dólar se valorizou, o que significa que tem uma pressão aqui em cima do nosso, do nosso câmbio.
O centro da história, segundo Mendonça de Barros, é que “a inflação subiu há poucos meses e nós falamos de 3, 93 e 3, 8, e hoje a projeção é 4,84. Nós vamos ver o que vai sair amanhã em muitas pressões, ameaçando ultrapassar os 5%.” Para o economista, a sociedade brasileira aprendeu a viver com inflação baixa e não admite inflação alta. Então essa a ameaça é muito séria, não é uma coisa de fiscalista, uma coisa do mercado. É uma realidade que tem que ser olhada e por isso também, o Copom, fez o que fez”, ao aumentar a taxa de juros para 11,25%.