Considerado um dos grandes nomes do setor mineral do país, o presidente do Conselho do Ibram, Wilson Brumer, também vê a sustentabilidade como uma das questões mais essenciais para o setor minerário, por se tratar de tecnologia, de inovação, que mexe com as pessoas. As empresas, segundo ele, são formadas por gente e “se não soubermos cuidar dessas almas, não adianta nada falar dos valores, da ética”. Brumer ressalta que o setor passa por um momento positivo na balança comercial e deve repassar ao governo só em tributos pelo menos R$ 60 bilhões. A Cfem é uma das contribuições e só em 2019 significou o repasse de R$ 4,5 bilhões recolhidos, recurso que foi repassado para estados, municípios, para estados e o governo federal. Além disso, o setor irá investir R$ 37 bilhões nos próximos 4, 5 anos, e parte desse recurso, cerca de R$ 16 bilhões serão investidos em Minas Gerais, “não só para reparação das tragédias, mas de investimentos. A retomada de operação da Samarco é muito importante e ela retoma em outra condição, muito mais segura. Não é só Minas a beneficiária, o Espírito Santo também”. Um trabalho importante, na avaliação de Brumer, é fazer com que os municípios dependam menos das mineradoras. Mas ele deixa claro que a situação está difícil para determinados setores e ressalta a importância de se votar as reformas estruturais. “Perdemos uma série de cadeias produtivas e será fundamental que todos nos reunamos em torno das reformas. O Brasil precisa enfrentar as reformas estruturais, seja administrativa ou tributária. Ainda somos um país caro, precisamos transformar o Brasil mais aberto ao investidor, mais amigável. O Brasil ainda assusta o investidor. O Brasil precisa trabalhar com concessão. Precisamos gerar emprego. Investir em saúde, educação, com novas tecnologias”.