O rendimento domiciliar per capita da metade da população mais pobre subiu 18% no ano passado, para R$ 537 por mês. Enquanto isso, o ganho médio dos brasileiros 1% mais ricos foi de R$ 17.447. O valor no topo da distribuição ficou 0,3% abaixo do registrado em 2021 (R$ 17.494). Mesmo com o leve recuo, os brasileiros 1% mais ricos (R$ 17.447) ganharam o equivalente a 32,5 vezes a renda da metade da população mais pobre (R$ 537). Essa diferença é a menor da série histórica, embora o abismo siga existindo. Em 2012, ano inicial dos registros, a marca era de 38,2 vezes.
Legado da Covid
Com a ampliação do Auxílio Brasil para R$ 600 e a geração de vagas de trabalho, a desigualdade de renda entre ricos e pobres caiu em 2022 para o menor nível de uma série histórica iniciada em 2012, segundo dados divulgados pelo IBGE. O abismo entre os extremos da população é medido pelo índice de Gini, que varia de zero (igualdade máxima) a um (desigualdade máxima). Em 2022, o Gini do rendimento domiciliar per capita recuou a 0,518, o menor nível da série com 11 anos, após subir a 0,544 em 2021. Apesar da queda no ano passado, o índice ainda segue em um nível elevado se comparado ao de outros países, segundo o IBGE. (foto/reprodução internet)