Com a sua última tentativa de aumentar a arrecadação frustrada no Congresso Nacional, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (foto/reprodução internet), mira agora nos gastos do governo. Ele pretende manter um ritmo mais intenso de trabalho sobre a agenda de gastos, fazendo uma revisão ampla de despesas. Após a declaração de Haddad, o dólar, que havia alcançado o maior patamar em 17 meses na véspera, recuou para R$ 5,36. Segundo Haddad, será feita uma “revisão ampla, geral e irrestrita” das propostas para reduzir despesas.
Tática enterrada
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, notabilizou-se no atual governo por um método agressivo para aprovar medidas do seu interesse no Legislativo. Sem muita negociação, mandava textos amplos ao Congresso. Depois da recepção crítica, sinalizava mudanças. A MP 1.227, que limita a compensação de créditos do PIS/Pasep e Cofins, mudou o roteiro, possivelmente em definitivo. A medida já foi devolvida. Parece que o mercado considera encerrada sua lua de mel com a política econômica que só quer arrecadar. Já reina no país a sensação de derrota em função da queda na popularidade, dos vetos derrubados, do cancelamento de um suspeito leilão de arroz e da sensação crescente de que a solução para os problemas do país não virá do Planalto. O plano econômico petista ruiu, por falta de consistência abrangente.
