Os saques na poupança superaram os depósitos pelo nono mês seguido. A retirada líquida (descontados depósitos) ficou em R$ 2,351 bilhões, em setembro, informou ontem o Banco Central (BC). Desde janeiro do ano passado, o único mês em que foi registrado resultado positivo (mais depósitos do que saques) foi em dezembro de 2015 (R$ 4,789 bilhões). Nos nove meses de 2016, a retirada chegou a R$ 50,539 bilhões, quase o mesmo valor registrado em todo o ano passado (R$ 53,567 bilhões). Os saques da poupança chegaram a R$ 148,624 bilhões, em setembro, e a R$ 1,465 trilhão de janeiro a setembro deste ano, superando os depósitos, que ficaram em R$ 146,272 bilhões e R$ 1,415 trilhão, respectivamente. Os rendimentos creditados nas cadernetas totalizaram R$ 4,215 bilhões no mês passado. O saldo total nas contas ficou em R$ 642,990 bilhões, em setembro. Com os juros e a inflação em alta, outras aplicações têm se tornado mais atrativas. Além disso, a recessão econômica contribuiu para a fuga de recursos da poupança. Por causa da crise e do desemprego, os brasileiros têm menos dinheiro para aplicar na caderneta e precisam sacar mais recursos para pagar dívidas.