A inflação doméstica segue em rota de alta, surpreendendo para cima nos últimos meses. O IPCA-15, de novembro, aumentou 1,17%, a maior taxa desde 2012, e acima da mediana das expectativas do mercado. Em 12 meses, o indicador chegou a 10,73%, com maior impacto da gasolina, que puxou os preços dos transportes. A dinâmica inflacionária negativa não é só fruto da alta de preços das commodities, é também acirrada pela pressão dos preços dos serviços, respondendo à reabertura e retomada da economia, dos preços dos bens industriais, em razão das restrições na oferta globalmente, e dos importados em função da desvalorização do real. Como a autoridade monetária não conseguirá achar saída para esse cenário de piora na inflação e desaquecimento na economia, resta ao Banco Central alterar a meta de inflação para 2022. (Foto reprodução internet)