O governo federal gastou entre janeiro e agosto deste ano R$ 22,3 bilhões com auxílio-doença. No mesmo período do ano passado, os gastos foram de R$ 18,1 bilhões, o que significa um aumento de 23% no pagamento do benefício. Para atingir a meta fiscal de 2017, fixada em déficit primário de R$ 139 bilhões, ou 2% do Produto Interno Bruto (PIB), o governo espera reduzir gastos em R$ 5,3 bilhões com ações administrativas, revisões de subsídios e de programas como auxílio-doença, seguro-desemprego, abono salarial e a Lei Orgânica de Assistência Social (Loas). Dentre as irregularidades encontradas nos pagamentos de auxílio-doença, 500 mil foram concedidos/reativados judicialmente e estavam sem revisão médica há mais de dois anos ou foram concedidos sem perícia; 2,6 mil pagos a segurados diagnosticados com doenças que não geram incapacidade; 77 mil pagos a segurados diagnosticados com enfermidades cujo prazo de retorno ao serviço é inferior a 15 dias.