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Sem mudanças na Previdência, ajuste fiscal é impossível

Paulo César de Oliveira
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Qualquer ajuste nas contas públicas requer a aprovação de alguma reforma da Previdência Social, disse ontem o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida (foto). Ao comentar o resultado das contas do Governo Central em setembro, ele defendeu a prioridade na discussão da proposta em tramitação no Congresso para que outros pontos possam ser discutidos depois. “Há alguma chance de ajuste fiscal no Brasil sem a reforma da Previdência? Não. A tendência das contas da União e dos estados é piorar se não tiver nenhuma reforma”, disse Almeida. “A atual proposta introduz idade mínima, cronograma de transição e regras para acúmulo de pensões que são medidas importantes para conter o crescimento dos gastos com a Previdência”. Segundo o secretário, uma eventual reforma complementar que introduza a capitalização na Previdência Social é viável, desde que haja uma transição gradual. “Se for implementar [a capitalização] imediatamente, haverá um custo de transição que aumentaria a gravidade das contas fiscais. Isso traz, de fato, um custo brutal, mas, pelas propostas que tenho visto de vários economistas, muitos não ligados a campanhas eleitorais, preveem algo gradual que começará daqui a 10, 15 ou 20 anos”, disse.

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