A decisão do governador Fernando Pimentel de aumentar o ICMS de vários produtos, impactando diversos setores, inclusive a construção civil, é vista com preocupação pelo presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), André de Sousa Lima Campo (foto). Para ele, o governador agiu com uma rapidez incomum na Assembleia Legislativa para a aprovação do projeto de aumento da alíquota do ICMS e ao editar o decreto revogando a redução das alíquotas de ICMS, definida também por decreto, em 2006. Para André de Souza, de qualquer forma, trata-se de um novo aumento de impostos, que terá como consequência a perda de renda da população e a redução de investimentos no estado. Durante a tramitação do projeto, André de Souza Lima Campos já havia se posicionado contra o aumento por entender que, em momentos de crise, os esforços devem se concentrar no estímulo à atividade produtiva. Para ele, a alta nos impostos sacrifica toda economia. Além disso, o governo não toma medidas para redução de gastos na máquina pública. O empresário também critica os deputados estaduais, que para ele, agiram “em descompasso com as necessidades e anseios dos eleitores, ao aprovarem a proposta que transferiu o prejuízo causado pelos gestores públicos para o bolso da população”. Ele entende que o resultado desses aumentos na economia mineira também será drástico, com retração da economia em patamares piores do que a média nacional, além do aumento do desemprego, queda na produção, na renda e na arrecadação. Dentre os produtos reajustados estão materiais de construção, materiais elétricos, blocos pré-fabricados, ardósia, granito mármore.