A inflação na saída das fábricas, medida pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP), ficou em 0,31% em junho deste ano. A taxa é superior à inflação de 0,12% de maio deste ano e à deflação (queda de preços) de 0,16% registrada em junho do ano passado. O dado foi divulgado ontem (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPP, que mede a variação de preços de produtos de 23 setores da indústria da transformação, sem impostos e frete, acumula taxas de inflação de 2,93% no ano e 6,56% em 12 meses.
Preços internacionais e dólar provocam a inflação
Em 15 dos 23 setores da indústria, houve aumento de preços. A principal influência para a taxa de 0,31% de junho veio dos setores de produtos químicos (4,35%). O motivo para essa inflação são os valores internacionais, os preços donafta, a elevação dos custos de energia e da compra de matérias-primas e a desvalorização do real ante o dólar americano. Outros setores com altas de preços relevantes foram papel e celulose (2,74%), outros equipamentos de transporte (1,11%), madeira (0,71%) e produtos de metal (0,67%). Por outro lado, oito setores tiveram queda de preços em junho, com destaque para metalurgia (-3,56%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,67%) e confecção de artigos de vestuário e acessórios (-2,73%).