Tiro pela culatra 

O protecionismo americano, com tarifas de até 54% sobre produtos chineses, pressiona aliados e desorganiza mercados - enquanto Pequim aproveita a turbulência para corrigir distorções internas, reduzir dependências e fortalecer sua presença global. A economia chinesa, embora ainda impactada pelo choque tarifário, já não é tão vulnerável quanto em 2018: diversificou cadeias produtivas, diminuiu sua exposição ao dólar e investiu em setores estratégicos. Ao mesmo tempo, tensões tarifárias afastam parceiros tradicionais dos EUA. União Europeia e países asiáticos ensaiam reaproximações com a China, sinalizando um enfraquecimento da influência americana e um ganho estratégico relevante para Xi Jinping (foto/reprodução internet) no cenário geopolítico.