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Trabalho social x construção civil

Paulo César de Oliveira
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A Patrimar, um dos maiores grupos do país no setor imobiliário, tem mais de 20 mil unidades entregues só no Rio de Janeiro, fora os investimentos em Minas, São Paulo. Conhecida principalmente pelos empreendimentos de alto luxo. Mas o que mais sensibiliza o presidente do Grupo, Alex Veiga, são as obras do Minha Casa, Minha Vida. Na sua palestra no Conexão Empresarial desta terça-feira, no Espaço Meet, ele falou que esse é trabalho dificílimo, mas sensibiliza como nenhum outro. Nessa atuação com as populações mais pobres, em que R$ 30 reais na prestação podem significar adquirir ou perder um imóvel, todo cuidado é pouco, segundo Alex Veiga, que entende que “cuidar do social é muito importante” e deve ter a relevância que o tema merece. Mas é preciso dar o exemplo, porque o resultado vem como uma onda, onde todos vestem a camisa e “foi isso que o Minha Casa, Minha Vida despertou em mim”.

Famílias de baixa renda

Esse projeto mudou a construção no Brasil e se o novo governo confirmar os investimentos nessas construções para atender as famílias de baixa renda, isso pode significar de 7 a 8% do PIB, o que, segundo ele, não é pouca coisa. Nesse aspecto, o empresário entende que o governo do PT tem muita sensibilidade. Mas para o setor como um todo melhorar, no seu entendimento, basta baixar a taxa de juros, que os negócios reagem. Atualmente, o Grupo Patrimar tem capacidade para fazer lançamentos envolvendo até R$ 350 milhões por semestre e é esse o seu objetivo, o de continuar investindo em Minas, Rio de Janeiro e no interior de São Paulo, principalmente na região de Campinas, onde, segundo ele, o Grupo pode conhecer um outro Brasil, onde se tem renda, comprometimento e organização. E é lá onde ele pretende continuar investindo no ano que vem.

Investimentos em BH 

Em Belo Horizonte, a Patrimar, assim como todas as empresas do mercado da construção está negociando com o prefeito Fuad Noman para alterar as atuais regras que limitam as construções. Com a abertura do diálogo, que segundo ele, não acontecia na administração de Alexandre Kalil, foi criado um grupo de trabalho para buscar alternativas para flexibilizar o chamado coeficiente adotado para definir a área de construção de prédios na cidade. Essa medida limitou a construção de novos investimentos de luxo, que acabaram migrando para Nova Lima e nesse aspecto, Alex Vieira considera que Kalil foi um ótimo prefeito para a cidade vizinha.

Agora, além dos mercados voltados para as classes alta, média e baixa, a Patrimar também está buscando se adequar as novas demandas do mercado, com a construção de prédios que servirão inicialmente, para aluguel. As novas gerações, segundo ele, não querem comprar carro ou apartamento. Há uma preferência pela locação e a ideia é a de chegar a esse novo mercado. Essa fase de adaptação também passou pela empresa, que adota o trabalho híbrido. Alex Vieira disse ter perdido muitos profissionais por causa dessa flexibilização, que agora, faz parte da empresa.

História da Patrimar 

Essa é apenas uma parte da história da Patrimar, que se prepara para abrir o seu capital e, para tanto, espera o melhor momento, segundo o empresário, que conseguiu sobreviver aos anos difíceis com a crise de 2015 e 2016. Em 2017, com a venda de um prédio foi possível pagar tudo o que devia e iniciar uma nova fase na empresa. “Foi uma virada de chave. Profissionalizamos a empresa e fizemos muitas mudanças”. A principal delas foi a compra das ações de Murilo Martins, o fundador da empresa e, com isso, a família passou a deter 100% do capital do Grupo e com a responsabilidade aumentada. “O objetivo, agora, é o de fazer a empresa crescer”. A Patrimar, segundo Alex Veiga, é uma empresa sólida e com uma situação confortável, que faz a diferença e pensa sempre na frente. Para o empresário, é preciso ser ousado e acreditar, porque não dá mais para fazer mais do mesmo.

Nessa história que começou a ser construída em 1963, atuando nas áreas rodoferroviárias, foram muitas mudanças até chegar ao ramo imobiliário em 1980. Só em 1995 é que a empresa passou a ser conhecida como Patrimar. A antes M.Martins gerou a Patrimar e a Novolar, Com empreendimentos imobiliários de alto padrão em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Nessa trajetória, que consolidou o Grupo como um dos maiores e com a qualidade reconhecida, inclusive com prêmios importantes para o setor, Alex Veiga ressalta que ser honesto, ser íntegro e transparente nas suas ações faz toda a diferença e essa tem sido uma máxima usada com rigor pelo grupo. Essa filosofia fez o Grupo Patrimar ter apresentado crescimento robusto nos últimos cinco anos, atingindo em 2021 o seu melhor ano da história. O saldo de carteira de recebíveis que superou R$ 1 bilhão. O Conexão Empresarial com Alex Veiga teve o patrocínio da Anglo American, Drogaria Araujo, BMG, Líder Aviação, Mater Dei, Mercantil do Brasil e Urbana. (Foto/Tião Mourão)

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