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Um retrato em preto e branco de nossa economia

Paulo César de Oliveira
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O orçamento de 2016 entregue ontem (31) ao Congresso Nacional confirmou o que todos desconfiavam: a economia brasileira está definhando. A previsão é a de que os gastos do governo serão R$ 30,5 bilhões a mais do que será arrecadado. Essa é a primeira vez que o governo planeja um déficit orçamentário desde que a atual metodologia para as contas públicas foi adotada no governo Fernando Henrique Cardoso. A proposta orçamentária ameaça o selo do país de bom pagador junto a investidores internacionais. Para especialistas na área econômica, o rombo nas contas públicas previsto para o ano que vem é resultado da fraca arrecadação em meio à uma economia anêmica. A previsão é a de que a receita líquida chegue a R$ 1,18 trilhão e a despesa R$ 1,21 trilhão. O déficit da Previdência Social também vai aumentar de R$ 88,9 bilhões para R$ 124,9 bilhões. A presidente Dilma (foto) tentou ressuscitar a CPMF para cobrir o rombo, com a expectativa de arrecadação de R$80 bilhões de reais. Mas não conseguiu o apoio nem do seu vice- Michel Temer.

 

Pelo menos orçamento chega sem maquiagem

O vice-presidente Michel Temer (PMDB), disse nesta segunda-feira,31 de agosto, que é "extremamente preocupante" que o governo tenha enviado ao Congresso proposta de Orçamento com previsão de déficit primário. Mas avaliou que isso demonstra que não há maquiagem nas contas. Temer participou do Exame Fórum 2015, promovido em São Paulo pela revista EXAME, da Editora Abril, que também publica VEJA. O peemedebista defendeu o corte de gastos públicos como caminho para sanar as contas deficitárias do governo. Ao dizer que não havia mais espaço na máquina pública para aumento de impostos, o vice foi fortemente aplaudido. Disse, então, que levaria as palmas ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e Nelson Barbosa, do Planejamento, os comandantes do ajuste fiscal em andamento. Informações da revista Veja.

 

Dilma se rende a Eduardo Cunha e pede ajuda aos deputados

A presidente Dilma Rousseff vai pedir a ajuda do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, para discutir a proposta orçamentária enviada pelo governo ao Congresso Nacional. Hoje (1º), será o primeiro encontro entre os dois desde o rompimento ocorrido no início do recesso parlamentar, em julho. Os dois vinham, desde então, travando uma queda de braços, com ataques de lado a lado. Cunha acusa a presidente Dilma de trabalhar para incriminá-lo na Operação Lava Jato e impôs várias derrotas à presidente no plenário da Câmara. Agora, a presidente se rendeu a necessidade de buscar apoio para não ver a economia brasileira piorar ainda mais. A presidente Dilma Rousseff também se reuniu ontem (31) com os líderes da sua base na Câmara dos Deputados, no Palácio do Planalto, para pedir ajuda na construção de saídas para o rombo fiscal em seu governo. Ela fez um apelo para que eles ajudem na votação do orçamento e pediu sugestões para ajudar o governo a aumentar a arrecadação.

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