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Uma visão otimista do governo Bolsonaro

Paulo César de Oliveira
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Eleito como o antipetismo e como agente das mudanças cobradas pelo povo para assegurar o desenvolvimento do país para moralizar o país, acabando com a corrupção, o governo Bolsonaro, na visão do economista Luiz Antônio Athayde, tem conseguido dar respostas positivas, restabelecendo a confiança da população quanto num futuro melhor. Athayde (foto) destaca em seu artigo, o desempenho da área econômica e o papel do Congresso que tem compreendido o esforço do governo, colaborando na aprovação das reformas necessárias para a grande mudança do Brasil.

O JOGO DOS ACERTOS E ERROS

Luiz Antônio Athayde- Economista e CEO da Héstia Consultoria e Governança Econômica

O ano começa com a esperança de que o país recupere a sua capacidade de crescimento econômico. Essa sensação não se circunscreve apenas aos registros da imprensa, tampouco repousa somente nas decisões por novos investimentos que vão somando bilhões de reais. O mais relevante é o animus despertado no cotidiano das pessoas de que o cenário geral do país está melhorando.

A cartinha do departamento de Rh de uma construtora qualquer convidando um antigo mestre de obras a reassumir o posto que perdera anos atrás, retirando-o de um sofá vendo a sessão da tarde, dá a senha de que a chave da economia girou. Ainda que lentamente, a sensação é de que a economia do país se pôs nos trilhos e há uma (nova) realidade a tracioná-la.

Pode-se dizer o que quiser do presidente Bolsonaro, de suas bizarrices, do arco e flecha sempre prontos a disparar. O fato inarredável é que ele foi ungido, pelo voto direto, como o agente de mudanças na psique coletiva da maioria do povo brasileiro, por ter personificado o antipetismo, o antissistema e ter agravado a corrupção como elemento causal da desigualdade.

O presidente montou um governo sem feudos de porteiras fechadas. Metas foram traçadas e, com determinação partiu-se à ação. Sua imagem seguiu coerente com a sua personalidade, conhecida desde o seu tempo no Legislativo: impetuoso nos gestos, na verbalização de seu pensamento e na defesa de seus valores e princípios.

Se intencional ou não, setores da imprensa quiseram mesclar a sua persona, atribuída como controversa, ao andar de seu governo. Não colou.

Nesses últimos 12 meses, é muito positiva a resposta dos agentes econômicos às iniciativas de sua equipe na seara econômica. É inegável que o ponto de mutação a essa nova realidade assentou-se em um conjunto de ações simplificadoras, de início de reformas estruturantes combinadas com a ausência de prevaricação por parte dos gestores. Refundou-se a confiança de que o país é governável e que a inércia em que se via enredado, foi ficando para trás.

Uma taxa SELIC no patamar de 4,5% ao ano, o PIB voltando a crescer pelo gasto das famílias e pelo investimento, os anúncios que se multiplicam na formação de novos ativos na infraestrutura, maciçamente financiados pela iniciativa privada, e a sinalização de que o Brasil poderá crescer 2,5% neste ano configuram mais que sinais animadores. São balizas muito visíveis de um momento inédito do cenário econômico do país.

É por conta disso que a Bolsa de Valores não para de subir, entendendo que ativos produtivos continuam baratos em ambiente de retomada da economia.

Os outros Poderes, ainda com algum retardo na percepção das mudanças que a sociedade anseia, vêm adequando as suas agendas. O Congresso Nacional, em especial, tomou um susto e entendeu ser mandatório a priorização das reformas (tributária, independência do BACEN, flexibilização de licenciamento ambiental para obras, entre outras) e mirar o principal alvo: o crescimento econômico e a geração de empregos.

O Brasil, nesse começo dos anos 20, precisa urgentemente focar a descomplicação de processos, gerar oportunidades a novos investimentos. A mola vital para tanto é valorizar esse capital inicial das reformas, duramente conquistado, e o fortalecimento das Instituições.

 Há questões centrais preocupantes no mundo sobre como irá evoluir a organização da sociedade, a preservação ambiental, da flora e fauna, até onde a inteligência artificial reformatará os processos de produção e, por conta de como outras economias criarão (os novos) empregos nesta estrada de revolução tecnológica acelerada. O Brasil não pode ficar de fora.

É sensato e oportuno fazer um chamamento ao exercício da lucidez para se apreender, sem paixões ideológicas e de vezo retrógado, o que está em curso e inserir em perspectiva histórica a importância das transformações que esse governo está implementando e que ultrapassa, em muito, o mandato presidencial até 2022.

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