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Usiminas prepara plano de capitalização para retomar sua posição no mercado

Paulo César de Oliveira
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Após 40 dias à frente da Usiminas, o engenheiro metalúrgico Sérgio Leite (foto), definiu como sua prioridade máxima a geração de resultados, para que a siderúrgica recupere a posição no mercado. Para tanto, a Usiminas se prepara para concluir, até o fim de julho, o plano de capitalização que injetará R$ 1 bilhão na siderúrgica. “Esperamos estar preparados para aproveitar o crescimento da economia brasileira, que virá. E nossa expectativa é que venha já a partir do ano que vem. Espero que em um espaço de tempo não muito longo, a Usiminas alcance uma situação confortável para poder honrar todos os seus compromissos e operar os negócios de maneira equilibrada”.

 

Ajustes necessários

Nesse processo de reformulação da siderúrgica, Sérgio Leite afirma que o chão de fábrica está a salvo, mas no quadro de gestores da empresa, os ajustes já começaram e devem chegar a 30% até 31 de julho. Mas há uma preocupação de preservar o máximo de empregos possíveis. “Existem realidades das quais não podemos fugir, e o emprego está ligado à atividade econômica”.

 

Driblando a crise

A Usiminas tem cerca de 400 clientes, segundo Sérgio Leite, sendo que um terço está na indústria automotiva, um terço na indústria de transformação e um terço na distribuição, que é quem revende o aço. Todos esses setores foram fortemente afetados pela crise econômica brasileira. “Não existe nenhum cliente nosso que não tenha sido afetado com redução na produção. A Usiminas investiu R$ 14 bilhões em 2007, 2008 e 2009, acreditando no Brasil. Naquela época, a projeção do Instituto Aço Brasil (IABr) era de um consumo interno de 18 milhões de toneladas/ano. Mas o país está consumindo apenas 9 milhões”. A Usiminas tem capacidade instalada para produzir 9,5 milhões de toneladas/ano. De acordo com o executivo, sozinha, a siderúrgica conseguiria abastecer todo o mercado brasileiro e ainda teria ociosidade de 500 mil. A Usiminas se recupera de uma de suas maiores crises, nos seus 60 anos de história, e está com uma dívida de R$ 7,5 bilhões e um caixa de R$ 1,9 bilhão.

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