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Em Minas oposição ainda não tem nome. Mas acredita que pode vencer em 2018

Paulo César de Oliveira
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As dificuldades financeiras do estado têm servido de combustível para a oposição, implacável na sua atuação no Legislativo mineiro. O líder do bloco da oposição Verdade e Coerência, Gustavo Corrêa (foto), do DEM, acredita que a grupo tem feito o seu papel e, mesmo que não consiga ter sucesso na hora da votação em plenário, tem conseguido chamar à atenção da população. Agora, os partidos que compõe esse bloco vão tentar se unir em torno de um nome para fazer frente à candidatura à reeleição do governador Fernando Pimentel. Nomes não faltam, mas o sonho de consumo do DEM é o deputado Rodrigo Pacheco, que mesmo não se filiando ao DEM, pode ter o apoio do partido e quem sabe de todo o grupo.

 

Como tem sido, para a oposição, o governo de Fernando Pimentel?

As pessoas podem achar estranho, mas para nós tem sido uma grande satisfação, porque nós temos visto o governo errar diariamente, um governo que não planeja as suas ações, um governo que a cada dia que passa se enrola mais, que não fez os cortes necessários que devem ser feitos hoje pelo bom gestor público. Por isso eu falo que a oposição tem feito seu papel, tem mostrado aos mineiros esses erros e nós lamentamos que, daqui a alguns anos, mas sobretudo em 2018, o governo não terá condições de fazer nenhum tipo de ação e, mais uma vez, quem vai ser penalizado serão os mineiros.

 

A oposição ainda não conseguiu se fixar em um nome, por quê? Falta gente na oposição com capacidade de voto?

Não. A oposição tem excepcionais quadros. Modéstia à parte, na Assembleia, os deputados que tem uma atuação mais aguerrida, com destaque maior, são exatamente os deputados da oposição. Normalmente o governo tem se utilizado de mecanismos para captar sobretudo os deputados do chamado Bloco Independente. A oposição não tem obtido vitórias no campo numérico, mas do ponto de vista de barulho, de reconhecimento da população mineira, a oposição tem feito um belo trabalho. O resultado nós vamos ver nas eleições do ano que vem. Não tenho dúvida alguma de que o governador Fernando Pimentel não será reeleito. Os mineiros não vão se deixar levar mais uma vez pelas falsas promessas e, no momento oportuno, a oposição vai apresentar o seu nome, que vai ser fruto de um grande acordo que será feito entre todos os partidos.

 

Como está essa negociação. O senador Aécio Neves que vinha conduzindo esse grupo está muito enfraquecido. Quem está liderando esse processo e que nomes esse grupo está trabalhando?

O senador Aécio Neves vai ter todo o tempo necessário para fazer sua defesa. Ele vai mostrar mais uma vez aos mineiros e aos brasileiros, que as colocações que tem dito e que a sua defesa está no caminho certo. Em função disso, a maior liderança que nós temos, indiscutivelmente em nosso estado, sobretudo pelo fruto da boa gestão que ele fez, é o senador Anastasia, e é ele que tem sido responsável por essas conversas, é ele que tem conversado com todos os partidos que compuseram aquela grande aliança que nós tivemos nos últimos 12 anos antes desse governo. No momento oportuno a oposição vai apresentar um nome, que com certeza terá viabilidade eleitoral, que vai ao encontro do que os mineiros esperam e aí seremos vitoriosos nas eleições de 2018.

 

O senhor acha que a oposição vai unida ou tem mais um candidato?

A oposição tem consciência de que precisa caminhar unida. As conversas existem e vários pré-candidatos estão aí colocados como o ex-presidente da Assembleia, Dinis Pinheiro, o secretário Fuad Noman, o deputado federal Rodrigo Pacheco. Eu acho que as pessoas tendo o juízo necessário e se encontrando em torno de um nome, nós seremos vitoriosos nas próximas eleições. O nosso grupo, indiscutivelmente, tem os melhores quadros, os melhores gestores e os homens com a vida mais limpa e mais transparente, diferente do governador Fernando Pimentel, que tem uma série de processos que também tem que prestar esclarecimentos à Justiça pelos crimes que lhe estão sendo imputados. Eu acho que no momento oportuno a oposição vai apresentar um bom nome e nós vamos ser vitoriosos em 2018.

 

Quando o senhor imagina que esse quadro vai clarear?

Eu acho que muita água ainda vai passar por debaixo dessa ponte. Será uma eleição curta, sem recursos, em função das novas regras eleitorais. Nós temos que ter a tranquilidade necessária, fazer várias pesquisas para encontrar esse nome para não errar. Se a oposição não errar nós seremos vitoriosos no primeiro turno, inclusive.

 

O deputado federal Rodrigo Pacheco foi convidado para se filiar ao DEM, se isso não acontecer, e ele se viabilizar como candidato pelo PMDB, esse grupo pode apoiá-lo?

Não gosto de falar pelos outros partidos. Posso falar pelo Democratas e nós realmente convidamos o deputado Rodrigo Pacheco, que tem as portas abertas para que, caso pretenda disputar a eleição de governador , terá o apoio de todo o partido, mas se ele conseguir viabilizar o seu nome dentro do PMDB aí é outra estória e, quem sabe, aí nós podemos buscar um outro candidato ou, quem sabe, até compor a chapa com o vice e até com nome para o Senado também.

 

O ex-governador Hélio Garcia costuma dizer que definições de eleição só depois da Semana Santa é esse o prazo?

Agora eu vou dizer que é só depois de 7 de setembro. A Semana Santa está muito perto, então eu acho que depois de 7 de setembro é que a campanha vai esquentar e aí, até em função dos acontecimentos, os brasileiros e os mineiros também não estão com muito entusiasmo para poder participar das eleições, mas quando passar 7 de setembro aí não tem outra alternativa e eles terão que escolher o melhor nome e em outubro votar naquele que vai governar Minas Gerais pelos próximos quatro anos.

 

Vocês já têm o Judas, que é o governador, falta o outro candidato. Até a Semana Santo esse grupo define o nome?

Não acredito. Isso vai ser definido em meados de junho mais ou menos.

 

Com essa desilusão toda do eleitor, que recado o político terá que passar para atraí-lo?

O político vai ter que mostrar que está ali para trabalhar, que ele está ali não para o seu benefício pessoal, falar o que exatamente pretende com a política pública e o que vai fazer da gestão como se fosse em uma empresa, como se fosse a sua própria residência, quer dizer, gastando pouco com a máquina pública e mais com o cidadão. Acho que essa desilusão vem acontecendo ao longo dos anos e é lógico que agora aflorou, sobretudo com a operação Lava Jato. Os brasileiros ficaram perplexos, como eu, com alguns valores que foram auferidos. Mas o eleitor vai saber que tem gente séria, que tem gente que quer trabalhar, gente que quer produzir e gente que está ali em prol dos mais carentes e dos mais necessitados.

 

 

 

 

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