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Fuad Noman: em busca da reeleição

Paulo César de Oliveira
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O perfil técnico do prefeito Fuad Noman (foto/Tião Mourão) sempre foi considerado uma vantagem. Mas na hora da discussão política, os argumentos são outros e manter o diálogo com a população é o primeiro teste pelo qual Fuad Noman terá que passar antes de enfrentar as urnas. Ele não é conhecido pela maioria do eleitorado da cidade e, mesmo anunciando muitas obras para os próximos meses, que somam R$ 3 bilhões, romper a barreira do desconhecimento será fundamental para que ele consiga se reeleger.

Como romper a barreira do desconhecimento?

Na realidade tenho trabalhado pela cidade. Campanha é só daqui a alguns dias. Mas se as pessoas reconhecerem o que está sendo feito, ótimo. Se não reconhecerem, paciência. Vou entrar para ganhar. Não estou entrando na disputa de brincadeira. Vou falar muito, apresentar as ações da prefeitura, como fiz no Conexão Empresarial.

Conversar muito?

Sim, conversar muito.

O senhor tem um relacionamento tenso com os vereadores e o presidente da Câmara é, inclusive candidato à prefeitura. Essa tensão prejudica a cidade?

Lamentavelmente, a relação não é boa. Não tenho nada contra eles. Eles é que não tem votado os projetos e é preciso que os vereadores votem os projetos de interesse da cidade de Belo Horizonte.

Tem muitos projetos parados?

Sim. A cidade está sendo prejudicada sem dúvida nenhuma.

O ex-deputado Bilac Pinto disse que o União Brasil vai indicar o vice na sua chapa à prefeitura de Belo Horizonte e fala, inclusive, em uma mulher. Qual o vice ideal?

O vice ideal é uma pessoa como o Bilac. Experiente, dedicado, conhece a cidade, trabalhador, gosta do povo. É o vice ideal. Ele tem até o dia 8 de maio para mudar o título de eleitor para a cidade. Ter uma mulher na chapa também é importante. Eu quero alguém que compreenda a cidade e que consiga trabalhar comigo.

A polarização da disputa pode ser um problema? 

Devemos ter três candidatos de esquerda e três de direita. Eu não sou uma coisa nem outra. Sou um candidato de Belo Horizonte. Sem ideologias, por isso vou receber apoio de quem quiser. O importante para mim é trabalhar e receber apoios e recursos para a cidade. Mas, qualquer polarização não é boa e quando isso acontece em uma cidade, é muito pior. A discussão tem que ser sobre a cidade. O povo mora aqui. Esse deve ser o debate.

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