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Guilherme Duarte: Copasa se adequa a mudanças climáticas

Paulo César de Oliveira
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As mudanças climáticas têm acarretado uma série de problemas para a população. O forte calor maltrata a saúde e aumenta o consumo de energia e água. Essa situação tem gerado um colapso em todo o mundo. Em Minas Gerais, algumas regiões e localidades sentiram mais, com a falta de abastecimento de água. A Copasa, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais, atende a maioria das cidades mineiras e está tendo que se adequar a essa nova realidade, que segundo o presidente da empresa, Guilherme Duarte, tem demandado muitos investimentos. 

Com as mudanças climáticas e consequente aumento da demanda pelos serviços da Copasa, como tem sido esse trabalho para equilibrar a demanda com as necessidades da população? 

Há poucas semanas passamos por uma situação nunca vista na Companhia. O forte calor fez com que a população de modo indevido, consumir muito acima de todas as médias históricas da Companhia. O que resultou em falta de água em algumas regiões. Uma situação que não nos conforta, mas a Companhia precisa continuar avançando com os investimentos, continuar trazendo eficiência na sua operação para que isso não se repita, porque a tendência, com mudanças climáticas, é que a gente tenha temperaturas mais elevadas nos próximos anos e a Copasa tem que estar apta para atender o nosso cliente. Nós vivemos de venda de água, então o cliente tem que ter o direito de ter aquele produto entregue de forma adequada, com qualidade e quantidade. Então o nosso desafio é continuar uma gestão eficiente, avançando em investimentos para que essas intempéries sejam minimizadas no futuro. E esse é o nosso compromisso com a população de Minas Gerais. 

O que a Copasa está pretendendo fazer em termos de investimentos? 

Em 2023 a Copasa bateu o seu recorde histórico de investimento no estado, próximo de R$1,5 bilhão, já projetando números superiores para 2024. Então, uma companhia que, há alguns anos investia na ordem de R$300 milhões a R$ 400milhões de reais ao ano, nós fechamos 2023 com o próximo de R$1,5bilhão. 

A Copasa, está na lista das privatizações. O que a empresa tem a oferecer ao investidor? 

Internamente nós na administração da Companhia, não conduzimos a privatização. Essa é uma pauta do governo e o governo entende que a privatização vai desburocratizar e tirar algumas travas que a legislação das estatais nos impõe. Ou seja, por que não faço mais investimentos? É difícil, é licitação, é processo punitivo contra a empresa, é atraso, é obra parada e uma empresa privada, em tese, tem mais condições de avançar com investimentos e acelerar a universalização em Minas. A Copasa, tendo um público de clientes de aproximadamente 12 milhões de pessoas é uma companhia extremamente atrativa para investidores, justamente para que se consolide no futuro com uma plataforma de saneamento no Brasil. O governo, se avançar com essa proposta junta dois benefícios: o de transformar a Copasa em uma plataforma de saneamento no Brasil e universalizar o saneamento em Minas Gerais de forma mais rápida. 

Para 2024? 

Não temos problemas de escassez de recursos hídricos. Nossos mananciais, reservatórios estão cheios. O que nos preocupa mais, na verdade, são altas temperaturas que geram esses picos elevados de consumo e que, eventualmente, as nossas redes não conseguem atender. Mas, do ponto de vista de existência de água, até esse momento não nos preocupa.

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