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Usiminas em nova fase

Paulo César de Oliveira
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A Usiminas tem mantido um crescimento consistente mesmo durante a crise provocada pela pandemia. O novo presidente da empresa, Alberto Ono (foto), sabe, no entanto, que o mercado do aço está atrelado ao crescimento da economia. A expectativa é a de encerrar o segundo trimestre com um volume de vendas de aço pela Unidade de Siderurgia, de cerca de 1 milhão de toneladas. 

Da vice-presidência de Finanças e Relações com Investidores para o comando da Usiminas. Quais as expectativas a partir de agora? 

Acredito que o futuro a gente constrói a partir de hoje e nesse sentido toda equipe Usiminas continua muito focada em construir resultados e gerar valor para seus stakeholders, sejam eles clientes, acionistas, colaboradores ou comunidades. Estamos completando, em 2022, 60 anos de operação e temos grandes desafios na direção da excelência operacional, do aumento da nossa competitividade e do nosso posicionamento como líderes do mercado brasileiro de aços planos. Estamos investindo muito em uma agenda ESG que nos dê suporte para as grandes demandas da sociedade, que devem se intensificar no futuro próximo, como a descarbonização e tantos outros temas ligados à sustentabilidade. E vamos seguir focados, também, na busca em sermos uma referência em gestão. 

A Usiminas passou por um período difícil até uma recuperação forte e sustentável nas mãos de Sergio Leite. Como manter esse ritmo? 

Nossa expectativa é continuar trabalhando de forma integrada e com muita determinação como já vínhamos trabalhando nos últimos anos para enfrentar os atuais e futuros desafios que certamente teremos pela frente. A Usiminas tem um histórico de parcerias sólidas com clientes de diferentes setores da economia, como o automotivo, temos um excelente time de profissionais altamente qualificados e estruturas como o nosso Centro de Pesquisas instalado na Usina de Ipatinga, que é o maior da América Latina nesse segmento. Temos todas as condições para continuar em um ritmo de crescimento e geração de bons resultados.

Qual será o papel de Sergio Leite a partir de agora? 

Sergio assumiu, no último dia 20 de maio, a presidência do Conselho de Administração e certamente continuará contribuindo para o desenvolvimento da companhia.

Quais os principais desafios o senhor tem pela frente?

A Usiminas, além da área de produção de aço, tem outras quatro empresas – Mineração Usiminas, Soluções Usiminas, Unigal e Usiminas Mecânica, cada uma com desafios diversos. Na área de Siderurgia temos a reforma do nosso Alto-Forno 3, da Usina de Ipatinga, um investimento estimado em mais de R$ 2 bilhões, a ser desembolsado até 2023. De maneira geral, temos o desafio de continuar atendendo nossos clientes no nível da excelência, de evoluir na nossa participação de mercado e na nossa atuação ambiental e social, onde historicamente temos uma contribuição importante para as comunidades.

O país passa por dificuldades, com inflação alta e com a insegurança dos investidores causada por este ser um ano eleitoral. O mercado do aço sente o impacto desse momento da economia brasileira? 

O consumo de aço está muito atrelado ao crescimento do PIB do país. No caso específico da Usiminas, de acordo com Fato Relevante que divulgamos ao mercado em abril passado, nossa previsão é encerrar o segundo trimestre com um volume de vendas de aço pela Unidade de Siderurgia, de cerca de 1 milhão de toneladas. Para o mercado de aço de maneira geral, a previsão do Instituto Aço Brasil é de um crescimento de 2,2% na produção brasileira de aço bruto em 2022. O Brasil tem um grande potencial de crescimento e nós na Usiminas vamos continuar superando os desafios impostos pela economia do país e preparados para atender a demanda dos nossos stakeholders. (Foto reprodução internet)

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