O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski (foto/reprodução internet) verbaliza o que já era hábito: diante de um Estado incapaz de conter o crime organizado, o governo cogita liberar os gastos de segurança das amarras fiscais. A manobra, velha conhecida, repete o privilégio dado à Defesa e promete ampliar o labirinto orçamentário. Argumenta-se que a guerra ao crime exige recursos que o arcabouço não comporta e o presidente Lula estaria convicto disso. O curioso é a naturalidade com que se aceita corroer a própria regra recém-criada, somando mais exceções aos bilhões já deixados fora da meta. Quando o poder se acostuma a contornar limites, a exceção vira norma e o Estado, guiado por intenções sejam lá quais forem, descobre tarde que a conta sempre chega.












