O CEO da Ferrari, Benedetto Vigna (foto/reprodução internet), sintetizou a lógica da marca, afirmando que “não somos uma empresa de carros, mas de luxo que também faz carros”. O conceito traduz uma estratégia disciplinada herdada de Enzo Ferrari, que é a de produzir menos do que a demanda, preservando exclusividade. A prática contraria a ortodoxia corporativa de buscar escala a qualquer custo. A história mostra que esse crescimento indiscriminado dilui margens, fragiliza marcas e compromete o futuro. A Ferrari, ao restringir oferta e elevar valor percebido, mantém margens extraordinárias e reputação intacta. A lição é clara: sustentar prestígio exige renúncia à tentação do volume.