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A paz de Gilmar com o Congresso

Paulo César de Oliveira
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O ministro Gilmar Mendes (foto/reprodução internet), mestre da retórica, garante que não existe conflito entre Judiciário e Legislativo. Chama de “lenda urbana” o que é, na prática, rotina institucional, o que se traduz em atritos permanentes. O decano posa como guardião da harmonia, mas a realidade desmente o discurso. O Supremo Tribunal Federal suspendeu os repasses de emendas com cheiro de fraude e peitou a Câmara Federal no projeto de anistia de Jair Bolsonaro e em outros casos que abalaram a “convivência pacífica” vendida por Gilmar. Ao ungir o atual presidente do STF, Edson Fachin, como fiador da estabilidade, o ministro tenta impor narrativa de normalidade num tabuleiro político que ferve de disputas. Ao negar o conflito, Gilmar Mendes tenta blindar o tribunal da pecha de confronto, mas a política insiste em mostrar que a harmonia vendida no microfone não resiste ao teste dos fatos. No fundo, negar o óbvio é também uma forma de fazer política.

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