Estamos no primeiro dia de 2018. Passaram-se 365 dias, passou-se um ano e na vida continua tudo como dantes no quartel de abrantes. O governo continua em meio a uma crise política e moral, acredito, nunca vista antes neste país. Insatisfeito o povo ameaça, mas não se manifesta, e o governo faz ações tímidas, até porque o Congresso convive com um governo fraco e só age em torno dos seus interesses próprios.
Mesmo com a Lava Jato as práticas pouco mudaram, como foi o caso de Aécio Neves, flagrado querendo dois milhões de reais a Wesley Batista e tendo a desfaçatez de dizer que era para pagar serviços advocatícios, achando que o povo tem que acreditar. As urnas poderão responder em 2018, mas Aécio insiste enquanto não acontece nada: vou ser reeleito em 2018. Finge que acredita que será. Pode até ser, pois o eleitor tem memória curta e, assim, vai se reeleger uma boa maioria do Congresso envolvido em “malfeitos”, como diria Dilma Rousseff que, aliás, vai se habilitar a uma cadeira no Senado pelo Rio Grande do Sul e não por Minas, como alguns próceres do PT queriam. E a vida continua.
Sérgio Moro insiste com a lava jato, a maior ação contra a corrupção já realizada no Brasil. Evidente que houve exageros mas, não fosse assim, nada teria sido feito, pois ninguém nunca quis fazer, mas o juiz de Curitiba, enfrentando tudo e a tantos poderosos, tem tido coragem de continuar. Até quando ninguém sabe. Como diria Boris Casoy com seu jargão que ficou conhecido: é o Brasil sendo passado a limpo. Não se pode dizer que está tudo perdido pois a iniciativa privada continua trabalhando, mesmo sem o governo ajudar. Se não estivesse atrapalhando, já estaria ajudando. Um exemplo disso é o aeroporto de Confins, que depois de uma concorrência transparente, ganha pelo consórcio que formou a BH Airport – com parceiros internacionais – que investiu mais de um bilhão de reais em sua modernização, mas que pode se inviabilizar, pois, com uma canetada, Temer quer reabrir o inseguro aeroporto da Pampulha em troca de votos do PR para se manter no poder – com ajuda financeira da Gol, é o que dizem. Contudo Temer já viu a burrada que fez, criando uma insegurança jurídica que nunca se tinha visto neste pais, como diria o professor Lula.
A vida continua e neste ano de 2018, pois teremos eleições e, por incrível que possa parecer, vamos ter pouquíssima renovação no Congresso tendo em vista que não houve a reforma política e os parlamentares se armaram para ficar tudo como dantes no quartel de abrantes. A economia avança a passos lentos, mas tem empresas crescendo, como a drogaria Araujo (Modesto Araujo acredita no seu negócio e continua investindo) que neste ano pode chegar a 200 lojas em Minas Gerais. Como a Katz Construções (o jovem Daniel Katz não para) com empreendimentos em Minas e na Bahia. A Klus, pois o empresário Salvador Ohana fez investimento contrariando a crise e acreditando no Brasil e no seu povo, dotando Minas com uma mega-store com Spezatto (moda feminina que veio de SP), a barbearia Torres e Só Concertos (da Altina Ohana). Tem também a Líder Aviação (consolidada como a maior da América Latina e uma das maiores do mundo). A confiança no Brasil fez a recuperação da Usiminas, sob a presidência do Sergio Leite (que está a 40 anos na empresa), que chegou a um estado quase falimentar e agora volta a crescer. Isso sem dizer de empresas do interior, como a FIP-Faculdades Integradas Pitágoras, comandada pela educadora e empresária Fátima Turano, de Montes Claros, que investe na região e expandiu para a Bahia, montando a Faculdade de Medicina – com investimento de 20 milhões- que está pronta para funcionar, mas o ministro da Educação, Mendonça Filho, retarda seu funcionamento por pressão do deputado baiano Artur Maia, relator da previdência. A FIP ganhou a concorrência licitamente.
Mesmo com tudo isto o Brasil avança e poderia estar muito mais à frente não fossem as lideranças políticas atrasadas – Executivo e Legislativo – que atravancam o desenvolvimento pelos seus interesses pessoais. Este é o nosso país, onde a impunidade continua sendo um entrave para um Brasil melhor. Em tempo: a nossa revista Viver Brasil (à frente Gustavo Cesar de Oliveira), por votação promovida pela Associação Mineira de Propaganda, foi escolhida Veículo do Ano – Revista. E a vida continua como ela é.