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Além de tudo, estresse engorda

Paulo César de Oliveira
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Entre fatores já conhecidos, como falta de exercícios físicos e alimentação desequilibrada, Fabio Nasri (foto), médico geriatra e coordenador do programa de geriatria do Hospital Albert Einstein, apontou o cortisol – o hormônio do estresse – como um dos responsáveis pelo acúmulo de gordura no organismo. “Cortisol retém calorias. E somos feitos para poupar calorias. Nos dias de hoje, sem nenhuma atividade para gastar gorduras, vamos com certeza engordar”, afirmou durante o Seminário LIDE SAÚDE, realizado anteontem, no auditório Gocil, em São Paulo. Segundo o médico endocrinologista, qualidade de vida está associada não só a hábitos saudáveis, mas também ao comportamento. Sem dar detalhes sobre dietas, exercícios e check-up, já muito divulgados pela mídia, Narsi falou sobre marcadores biológicos, como por exemplo os “telômeros”, que agem como contadores intrínsecos da divisão célula, protegendo o organismo contra divisões fora de controle, que podem gerar o envelhecimento, má formação de células e até o câncer, por exemplo. Esta é uma das bases dos estudos do médico no Instituto de Psicanálise da USP. “Para diminuir a velocidade da redução desses telômeros, há algumas medidas, como redução da ingestão calórica, ingestão de vitamina D, atividade física e redução do estresse”, recomendou. “É preciso ressignificar o estresse para que ele não deixe marcas permanentes”, explicou Narsi. Ele sugere a meditação como uma das formas de diminuir as irritações do dia a dia. Trabalhar a mente pode fazer envelhecer diferente. Meditar fez com que a atividade da telomerase aumente. “Não precisa ser uma meditação profunda, basta apenas pensar mais na vida e em maneiras positivas de encarar problemas”, explicou.

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