Entidades que representam veículos de imprensa e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), manifestaram contra a quebra do sigilo telefônico da jornalista Andreza Matais (foto), editora da Coluna do Estadão. A medida foi tomada, sigilosamente, no dia 8 de novembro, para identificar a fonte de uma série de reportagens da jornalista publicada em 2012 pelo jornal Folha de S.Paulo. Em nota conjunta, a Associação Nacional de Jornais (ANJ), Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert) e Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) reforçam que as instituições condenam a decisão e esperam que a determinação seja reconsiderada pela Justiça. As instituições defendem o sigilo da fonte no exercício da profissão. “Quebrar o sigilo telefônico de um jornalista implica em gravíssima violação a um direito constitucional e ao livre exercício da profissão”, diz o texto. A investigação que originou a quebra do sigilo foi aberta a pedido do ex-vice-presidente do Banco do Brasil, Allan Simões Toledo. Ele foi citado em reportagem que revelou uma sindicância para investigar movimentação atípica de R$ 1 milhão, identificada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). No processo, a jornalista alegou que não iria se manifestar para preservar o sigilo da fonte.