A companhia de concessões de infraestrutura CCR disse que as dificuldades que a administradora do aeroporto de Confins (MG), BH Airport, da qual é acionista, está enfrentando no projeto não afetam seu apetite por novas concessões. A BH Airport depositou em juízo valor referente ao pagamento de outorga pelo aeroporto concedido, argumentando que foram desembolsados perto de R$ 100 milhões em obras que deveriam ter sido entregues pelo governo à concessionária. Segundo a CCR, discussões para promover um reequilíbrio do contrato não caminharam, motivo pelo qual a medida judicial foi tomada a fim de chegar a uma solução. “O apetite por concessões é independente. O que vai definir serão as regras e condições divulgadas nos editais”, disse Marcus Macedo, da área de relações de investidores, em teleconferência com analistas.O presidente da CCR, Renato Vale, já afirmara que a companhia está mais focada nos terminais de Salvador (BA) e Fortaleza (CE), que fazem mais sentido para a empresa do que os aeroportos do sul, de Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS), por conta das perspectivas para voos internacionais.Nesta quarta-feira, a CCR também disse que espera para este ano um comportamento do tráfego de veículos em relação ao PIB nas rodovias que administra similar ao do ano passado. O tráfego consolidado nas rodovias da CCR caiu 3,2 por cento no primeiro trimestre, a 243,3 milhões de veículos equivalentes.