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Apesar de tudo a sociedade está aberta ao diálogo

Paulo César de Oliveira
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Há uma falta de sintonia entre a sociedade e os atores políticos profissionais. Não que isto chegue a ser uma novidade na vida brasileira. Lamentavelmente, mas é mesmo uma rotina. Somos um povo de pouca sintonia com a política. No máximo vamos às urnas, ostentando o título de uma das maiores democracias do mundo. Mas só de urna. E assim mesmo pouco democrática, pois de voto obrigatório. Votamos e falamos que detestamos política. Tanto que não fazemos. Ou raras vezes nosso povo fez política, sonhou. Promoveu as mudanças juntos. Vivemos para cá, os políticos, inclusive os dos sindicatos e dos ditos movimentos sociais, que nada mais são do que apêndices partidários, prá lá. Mas agora, talvez premidos pela crise ética, que arrastou a crise econômica, o brasileiro dá sinais de que deseja tomar a política nas mãos. Isolar os demagogos, gente como a que se reuniu na semana passada em Belo Horizonte, a pretexto de debater propostas para a educação, e ficou a fazer proselitismo partidário, exibindo cartazetes contra o que insistem em chamar de golpe. Gente que com anos de direção de sindicato se posiciona contra tudo, sem apresentar proposta para soluções concretas, apenas repetindo que não é aceitável retirar direitos do povo. Qual direito? O de ficar nas filas procurando emprego? O de se aposentar com míseros reais que nem dão para comprar os remédios que a idade avançada exige? À educação de baixa qualidade, de graça nas faculdades públicas e pagas, com o rótulo de bolsas, nas escolas privadas? Isolar esta gente, isolando também os que fazem dos Parlamentos e nos Executivos apenas meios de sobrevivência. Um meio tão rentoso que, em muitos casos, se passa de pai para filho, como se o eleitor e o voto fossem propriedades particulares. Quem auscultar a sociedade sentirá o desejo e a abertura para o diálogo, para a busca comum das soluções. O Conexão Empresarial, promoção da VB Comunicação, encerrado ontem, em Tiradentes, evidenciou este comprometimento da sociedade com a formulação de propostas para que se encontre uma saída para a crise, estruturando um caminho de desenvolvimento sustentável. As palestras, as conversas informais, os debates acalorados, deixaram nítidos os sentimentos de participação desprovidos de partidarismos, de ocupação de palanque apenas. De quinta-feira até sábado à noite discutidos temas relacionados à política e à economia brasileira. Mas além do debate sobre os rumos que a economia brasileira tomou e as expectativas para os próximos meses, empresários de diversos setores da economia deram a receita de como é possível não só sobreviver, mas crescer em períodos de crise. Foram vários os exemplos que tornaram possível acreditar que as coisas vão mudar, segundo Gustavo César Oliveira (foto), diretor da VB Comunicação. Pelo menos 400 pessoas e 160 dirigentes de empresas de diversos setores participaram do evento. Com a disposição de conversar e convergir. Apesar do governo.

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